sexta-feira, 18 de março de 2011

Crédito Vencido em Espanha

O crédito malparado nas entidades financeiras espanholas atingiu em janeiro os 6,06 por cento, sendo a primeira vez que esse nível é alcançado desde 1995, segundo dados do Banco de Espanha.
Para ler na íntegra clicar aqui.

5 comentários:

  1. Como todos sabemos a crise económica espalhou-se por todo o mundo, o nosso país vizinho a Espanha não é excepção, mas com um grande agravante, a crise espanhol afecta também Portugal. O malparado dá sinais de crescimento em Portugal, com o aumento das provisões a ser superior ao registado em Espanha. Os maiores bancos privados cotados na bolsa de Lisboa revelaram todos aumentos significativos no crédito vencido. A situação em Portugal não é muito diferente da espanhola. Nos primeiros seis meses de 2009, os sete maiores bancos privados espanhóis provisionaram mais 7.826 milhões para o malparado. A crise em Espanha sente-se em toda a fronteira portuguesa. No Sul, em Vila Real de Santo António, o presidente da Câmara, Luís Gomes, já recebeu 300 vítimas do desemprego na construção civil espanhola. No Algarve há investimentos espanhóis parados de empresas que pediram, mas não levantam os alvarás de construção. O impacto da crise tem sido forte em Espanha. Todos os dias quatro mil espanhóis ficam no desemprego. Muitos emigrantes portugueses estão também a ser atingidos e os reflexos fazem sentir-se em todos municípios situados junto à fronteira. Para concluir a economia espanhola teima em não sair da crise. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística espanhol, a economia espanhola contraiu 1% no segundo trimestre deste ano face aos primeiros três meses.

    Sérgio Azevedo

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  2. O crédito Mal Parado tem crescido e também não vai ser tão cedo que vai parar de o fazer.
    Como todos sabemos, a economia de Espanha também não anda nos seus melhores dias ( apesar de estar melhor que Portugal )e, a realidade que estamos a viver em Portugal agora com a crise, também é vivida em Epanha. Com a diminuição do poder de compra dos particulares e empresas, com a diminuição dos salários e com os Spreads sempre a subir, não admira que as taxas de esforço estejam a ser levadas ao limite e que cada vez mais os Créditos entram em Mora.
    César Silva nº3289

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  3. O crédito malparado não tem parado de surpreender com os seus sucessivos recordes. Infelizmente a crise “toca a todos”.
    Apesar do melhor qualidade de vida dos espanhóis, também foram afectados, pois não são excepção.
    Com o crédito malparado a subir, assiste-se a uma quebra na concessão de todo tipo de crédito, devido à dificuldade da banca em aceder a financiamento, pois com os aumentos dos 'spreads', diminuição dos salários, desemprego, doença, etc,…

    Ana Pinheiro 3284

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  4. Com o aumento do risco da Economia Portuguesa (risco geral), os Bancos têm mais dificuldades em se financiar no estrangeiro e quando isso acontece têm de pagar taxas de juro elevadas. Em Espanha, o risco geral é menor, mas não muito, visto que a agência de rating tem visto cada vez mais a classificar Espanha como um país de risco elevado. Este factor é preponderante para explicar a dificuldade de obter crédito, bem como o quanto é oneroso pagar um crédito na actualidade.
    O crédito mal parado esta a aumentar de uma forma que não parece ter retorno, e Espanha é o reflexo do nosso país num cenário de crise, e a Peninsula Ibérica um reflexo da crise mundial, para entendermos este assunto temos de falar sobre a culpa deste de flagelo quer da parte do banco quer da parte do incumpridor e as consequências e soluções para ambas os intervenientes. O banco, assume o papel de vítima no crédito mal parado, mas não terá também a sua responsabilidade? É importante lembrar que o crédito habitação ocupa uma posição relevante nos casos de crédito mal parado, os seus prazos alargados representam risco, mas dizem-nos também que parte do crédito mal parado actual de CH, já foram créditos pedidos a décadas atrás, altura em que a publicidade bancária se assentava na cedência de credito, que os modelos de analise de risco que eram tradicionais nem sempre eram imparciais e por vezes, eram feitas operações de elevado risco e desperdiçavam-se outras com boa rentabilidade, o facto de, em tempos, o banco “só querer vender”, hoje traduz-se em potenciais prejuízos bancários, e Espanha tem estado numa posição bem mais confortável que a nossa nos últimos anos, mas já se vê a vacilar face a óbstaculos da sua conjuntura macro económica.
    Evidentemente, o cliente por vezes também tem a sua parte culta.
    Numa generalidade, o povo lusitano está bem acima dos espanhois no que toca a queixar-se de crise e do aumento do IVA, mas continuam extremamente consumistas mesmo face a inflação, e pior que isso gastam o que não têm, pois compram a credito, e esses creditos e o credito ao consumo ocupam a parte mais preocupante do credito mal parado, esta acomulação de creditos leva na maioria dos casos ao sobreendividamento, situação em que a taxa de esforço nos mostra o quão dificil se torna os rendimentos superarem os gastos, esta a faltar ás pessoas, iniciativa de poupança para o seu proprio beneficio, para benificio dos indicadores da conjuntura macroeconomica e para o benificio da actividade bancaria, que exerce extrema influencia nos mercados.
    Acontece que por vezes existem factores passivos pelos quais os clientes ficam sobreendividados, esses factores representam-se pelos 3D’s (doença, desemprego, divórcio) e nesses casos a taxa de esforço chega a ultrapassar os 40% e o cliente sobreendivida-se por factores de ordem passiva.
    As soluções existem e devem surgir de ambos o envolvidos, o banco pode por exemplo consolidar os créditos aumentando o prazo do total, diminuindo a prestação mensal e por consequência a taxa de esforço, por outro lado os clientes devem procurar poupar e investirem na economia rentabilizando assim o seu capital e aumentando a capacidade creditícia dos bancos.
    Deixo a minha sugestão de uma união ibérica, que, quem sabe fosse positivo a ambos, num clima de cooperação económica.

    Carlos Filipe Araújo nº3156 2E19

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  5. O crédito mal parado começou a vir á tona da comunicação social quando se verificou a grande crise que atravessamos. Ao longo dos anos os bancos concediam crédito muito facilmente, por vezes sem a garantia do montante que emprestavam.
    Com o aparecimento da crise, começou a ser desvendado que os Bancos utilizavam métodos na hora de conceder o crédito que não eram os mais adequados, desregrados e sem cautelas. O método na actividade bancária é muito importante, porque se não houver método em muitas situações idênticas, pode colocar o banco numa situação um pouco delicada. Como os bancos ao longo destes anos concediam crédito fácil, com uma análise do risco pouco conveniente, quando surgiu a crise do suprime os bancos entraram numa situação catastrófica.
    O que originou esta crise foi a forma como os bancos emprestavam dinheiro aos clientes por valores superiores á avaliação dos bens que serviam como garantia, no caso especifico do crédito habitação. É óbvio que quando as pessoas começaram a entrar em incumprimento o volume de imóveis no mercado subiu, causando directa um impacto na lei da oferta e da procura, que fez aumentar a oferta descendo naturalmente o preço dos imóveis. No entanto, os 3d’s foram preponderantes para que o crédito mal parado aumentasse, porque muitas famílias perderam a capacidade de pagar as suas dívidas na sua maior parte devido ao desemprego, divórcio e doença.
    Este problema do crédito mal parado veio colocar enormes dificuldades nas famílias se financiarem nos dias de hoje e quando se conseguem financiar é sempre com um preço muito elevado e com o máximo número de garantias.
    Já agora aproveito para salientar que o desemprego na Espanha tem atingido valores catastróficos sendo já 4.3milhões de espanhóis desempregados, logo é notável que o incumprimento seja mais abundante, porque as prestações acumulam-se mas o emprego não aparece, para poder combater a chamada crise.
    Samuel Pinto Nº3303

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