sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Crédito e mais crédito

Tenho vários créditos que não consigo pagar que rondam os 30.000 euros e tenho também crédito à habitação (…). Tenho um rendimento de 600 euros, a esposa desempregada sem vencimento e dois filhos menores. Não sei o que fazer. Ontem entrou no meu emprego a primeira penhora de vencimento e estou desesperado".
Quando recebi este texto, enviado por um espectador de "A Cor do Dinheiro", a primeira reacção foi questionar-me sobre o valor da dívida: como é que alguém que ganha 600 euros contraiu créditos (pessoais) de 30 mil euros?
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6 comentários:

  1. Ao ler esta notícia pergunto-me como é que é possível que existam pessoas como a que se encontra nesta situação. Como é que conseguem chegar a tal ponto de endividamento e, consequentemente sobreendividamento, sem terem consciência dos seus actos. O facto de a pessoa em questão ter contraído créditos que rondam os 30.000€ é o reflexo do desespero em que se encontra, é o tentar contrair um crédito para cobrir outros créditos. Desta forma perguntamo-nos, como é possível alguém com estas condições contrair créditos atrás de créditos sem que ninguém note, sem que alguém pare esta situação. A verdade é que, em grande parte, a culpa é do banco. Não sabemos como era a situação em que se encontrava este cliente há alguns anos atrás, quando contraiu o crédito habitação, até poderiam estar bem financeiramente. Mas a partir do momento que a esposa encontra-se desempregada e sem vencimento, com dois filhos e apenas com um rendimento de 600€ a situação complica-se, e não é suportável a concessão de mais créditos.
    Com isto, podemos ver que os bancos deviam ter consultado o histórico deste cliente e informarem-se junto da central de responsabilidades do Banco de Portugal para saber em que ponto se situava a estabilidade financeira. Este problema vai levar a que "o justo pague pelo pecador" e, o banco como não vai obter tão cedo a recuperação do crédito, justifica-se no aumento dos spreads e do preçário de alguns serviços bancários.

    Ana Andrade, 3288

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  2. De facto, cada vez mais há endividamento das famílias. Esta situação é uma situação muito grave de sobreendividamento.
    A culpa não é só do cliente mas também do banco.
    Os créditos pessoais são sujeitos a uma avaliação de risco do cliente. Se o cliente tem um rendimento de 600€ com a esposa desempregada e com 2 filhos, o banco não pode aceitar.
    Situações destas significa que a avaliação que o banco está a fazer não está a ser eficaz.
    Primeiro pelo facto de o cliente não reunir as condições necessários para ser concedido crédito.
    Segundo, como o cliente não consegue pagar os créditos o banco terá prejuízos.
    O cliente, como disse anteriormente, tem muito culpa para estar nesta situação.
    O cliente contraiu créditos para pagar os anteriores. O cliente procedeu mal e está a pagar as consequências.
    Contudo, há uma solução.
    A solução é o banco consolidar os créditos, ou seja, o banco junta todos os créditos e alarga o prazo. Assim, o cliente paga menos de prestação.
    Mas como a situação é grave esta solução poderá não resultar.

    Ricardo Silva, Turma E19, Nº3302

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  3. As dívidas resultantes do crédito ao consumo predominam claramente em relação às do crédito à habitação, o que ilustra bem que a casa é algo que se tenta conservar a todo o custo. Dentro das dívidas de consumo, surgem aquelas para as quais o crédito é mais frequente: aquisição de automóvel, despesas relacionadas com a habitação e cartão de crédito. Nota saliente é o facto de o cartão de crédito e outro crédito assumirem a liderança dos créditos em incumprimento.
    O principal motivo que leva as pessoas a deixar de pagar ou a estarem na eminência de o fazer é a insuficiência de rendimentos. Os salários em atraso e a frustração na obtenção de melhores salários. Em segundo lugar, surgem os problemas de saúde, seguido dos casos de desemprego, englobando o desemprego das pessoas que pedem apoio, do cônjuge ou de ambos. Assumem também alguma importância as situações onde ocorre uma alteração no agregado familiar (sobretudo por divórcio ou morte) que origina uma quebra nas fontes de rendimento. Vemos, assim, que a escassez de rendimentos aliada à instabilidade no emprego e à doença constituem os elementos perturbadores do cumprimento regular dos compromissos financeiros das famílias.
    Cláudia Silva Nº3290

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  4. Está noticia mostra de facto como cada vez há mais portugueses sem capacidade para cumprir com as suas obrigações. Com um rendimento tão baixo e com dois filhos menores é quase impossível suportar estes custos, além de que também nos mostra que os portugueses para pagarem as suas dividas contraem outras para cobrirem estás ou seja nunca conseguem liquidar as suas dividas. Dado este cenário a única solução que poderá haver ou é alargar o prazo e aumentar os spreads ou então consolidar os seus empréstimos.
    Posto isto o banco tem de fazer face a possíveis novos empréstimos, tem cada vez mais de aumentar o seu rigor para não correr tanto esses riscos, uma boa maneira para o fazer é ao conceder um crédito criar um seguro de protecção de crédito para garantir o bom pagamento pelo menos durante uns meses até porque nesses instantes a situação poderá melhorar e será vantajoso para o banco e para o cliente.

    Patrícia Pereira , 3305

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  5. “Mais vale prevenir, que remediar”

    Aparentemente este problema é incomum, e uma excepção, acontece que o sobreendividamento e os niveis de incumprimento têm vindo aumentar num ritmo que não parece ter retorno, este problema está se a tornar cada vez mais comum e o banco tem vindo a unir soluções a fim de combatê-lo.
    Acontece que esta situação especifica, parece não ter solução nem retorno, não seria melhor terem se prevenido este caso grave de sobreendividamento?
    Agora levanto a pergunta, a quem se deve esta situação ? Ao banco ? ou ao cliente sobreendividado ?
    Actualmente, em tempos de recessão, altura em que os bancos tem necessidade de captação de fundos, e o objectivo dos bancos tem passado por promocionar a actratividade de depósitos já não se vê o apelo ao crédito, acontece que houve tempos que a publicidade bancária se assentava na cedência de credito, tempos em que os modelos de analise de risco que eram tradicionais nem sempre eram imparciais e por vezes, eram feitas operações de elevado risco e desperdiçavam-se outras com boa rentabilidade, o facto de, em tempos, o banco “só querer vender”, hoje traduz-se em potenciais prejuízos bancários como este, em que neste caso o banco, quase não tem como reaver o capital.
    Numa generalidade, os portugueses, passam a vida a queixar-se de crise e do aumento do IVA, mas continuam extremamente consumistas mesmo face a inflação, objctivizando bens superfluos, e pior que isso gastam o que não têm, pois compram a credito, acontece que na maioria dos casos, não têm como suprir esse montante em divida, e adquirem outros créditos para cobrir esses, essa acumulação de creditos leva na maioria dos casos ao sobreendividamento, situação em que a taxa de esforço nos mostra o quão dificil se torna os rendimentos superarem os gastos, esta a faltar aos portugueses iniciativa de poupança para o seu proprio beneficio, para benificio dos indicadores da conjuntura macroeconomica e para o benificio da actividade bancaria, que exerce extrema influencia nos mercados.
    Neste caso, não sabemos o que levou a esta situação, acontece que por vezes existem factores passivos pelos quais os clientes ficam sobreendividados, esses factores representam-se pelos 3D’s (doença, desemprego, divórcio) e nesses casos a taxa de esforço chega a ultrapassar os 40% e o cliente sobreendivida-se por factores de ordem passiva, neste caso certamente a taxa de esforço já ultrupassou em muito os 40%, mas provavelmente, aquando da aquisição dos créditos, o cliente não tinha filhos, talvez a esposa estivesse empregada e ele fosse melhor remunerado, não sabemos, o que sabemos, é que por ordem activa ou passiva, os bancos não podem permitir que o cliente chegue a este ponto, nem o cliente pode permitir que estas situações se desenrolem.
    É uma responsabilidade mútua, que tem de melhorar, talvez passe, por um limar de arestas de personalidade dos clientes, ou por critérios de cedência de crédito da parte dos bancos.

    Carlos Filipe Pereira Araújo nº3156

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  6. Não entendo como é possível chegar a este ponto. Esta noticia é preocupante, no entanto nem sempre a culpa é do banco, o sobreendividamento pode ocorrer de forma passiva( desemprego,divorcio ou doença) ou de forma activa (responsabilidade total do cliente).
    A falta de literacia financeira por parte dos portugueses faz com que estas coisas aconteçam. No entanto também as financeiras chegam a ter alguma culpa,pois concedem créditos a clientes com taxas de esforço acima de 35%.
    É lamentável, mas hoje em dia esta situação tende a agravar-se por toda a conjectura que vivemos. Apesar de sermos "puxados" a poupar, a necessidade de recorrer ao crédito vai aumentar pois habituamo-nos a uma vida que neste momento não é sustentável.

    Dora Senos nº3291

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