sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Crédito mais caro

Os portugueses que estão a contratar novos créditos à habitação estão a pagar spreads que correspondem a mais de dois terços do valor final da taxa de juro. Em Julho, a taxa média ponderada para os novos créditos era de 3,44% (taxa anual efectiva global, TAEG), mais 10% do que há um ano, quando a mesma taxa era de 3,13%, de acordo com os dados divulgados no último boletim estatístico do Banco de Portugal.
Fonte: Diário de Notícias, aqui.

12 comentários:

  1. A razão de neste momento os portugueses contratarem novos créditos mais caros deve-se essencialmente à crise. Cada vez mais se verifica, na Banca, casos de incumprimento. As pessoas por esta razão ou por aquela deixam de pagar as prestações inerentes aos créditos contraídos.
    O preço do crédito forma-se a partir da seguinte equação:
    Preço do Crédito = Custos de Funding (custo dos depósitos e custos dos empréstimos) + Custos Operacionais + Prémio de Risco + Margem de Lucro
    Logo, o preço do crédito, hoje em dia, é mais caro devido aos Custos de Funding, pois se os bancos compram dinheiro a preços mais altos também terão que o vender a um custo superior e também ao Prémio de Risco, pois os bancos têm que assegurar a sua posição para possíveis incumprimentos no futuro.

    Ana Rodrigues
    nº 3287

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  2. Tal como a minha colega referiu anteriormente no seu comentário a razão de neste momento os portugueses contratarem novos créditos mais caros deve-se essencialmente à crise. Em tempo de crise as pessoas vão cada vez mais ter dificuldades financeiras, o que vai gerar incumprimento por parte de alguns clientes, clientes esses que vão fazer com que o banco ganhe alguma desconfiança nos próximos clientes que se dirigirem à agência para pedirem um crédito, isto é, uns pagam pelos outros. Os bancos para se poderem prevenir contra futuros incumprimentos vão ter de aumentar o prémio de risco, pois estes tem de ter o seu dinheiro sempre garantido.

    Sérgio Azevedo
    Nº 3304

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  3. Os créditos habitação estão mais difíceis e mais caros. Os portugueses têm cada vez mais dificuldades em comprar casa recorrendo ao crédito à habitação. Spreads mais altos e financiamentos menores são os principais obstáculos. Ou seja, os bancos estão a passar para os clientes a factura da crise. Cobram mais pelo empréstimo e exigem maiores garantias. Spreads elevados, baixa taxa de esforço (peso da mensalidade no rendimento mensal do cliente), perfil de risco reduzido e rácios de financiamento/garantia (montante do empréstimo sobre o valor do imóvel) cada vez mais baixos são as principais exigências do sector para aprovar os créditos.
    Ana Cristina nº3286

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  4. No momento pelo qual o mundo passa, o cenário de crise é o mais regular de todos.
    Ainda há poucos anos os spreads eram de 0,25pp e 0,5pp e os bancos obtinham financiamento quase a custo ZERO. Isto devia-se a existência de poucos incumprimentos por parte dos agentes deficitários que recorriam ao credito habitação e pelo bom currículo que Portugal detinha no estrangeiro.
    Actualmente os spreads são altíssimos devido ao risco que decorre na operação pelo aumento descontrolado dos incumprimentos, e com isto “paga o justo pelo pecador”. Outro factor que contribui para aumento dos spreads é, actual situação económica de Portugal, o que faz com que os bancos portugueses se financiem a um preço elevadíssimo. Com isto podemos concluir que os bancos aumentaram os spreads para se assegurarem mas em consequência estão a contribuir para a crise nacional.
    Tiago Gonçalves
    3306
    2E19

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  5. Os portugueses têm cada vez mais dificuldades em comprar casa recorrendo ao crédito à habitação. Spreads mais altos e financiamentos menores são os principais obstáculos.
    As dificuldades em obter liquidez no mercado interbancário e a crise da dívida estão, a afectar a Banca, ao ditar maiores custos de financiamento. A solução encontrada pelo sector foi restringir a concessão do crédito.
    Spreads elevados, baixa taxa de esforço (peso da mensalidade no rendimento mensal do cliente), perfil de risco reduzido e rácios de financiamento/garantia (montante do empréstimo sobre o valor do imóvel) cada vez mais baixos são as principais exigências do sector para aprovar os créditos.

    José Gomes

    3297

    E19

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  6. Hoje em dia os créditos habitação estão caros e difíceis de os concretizar. Mais caros porque na banca cada vez mais existe incumprimento por parte dos portugueses, as dificuldades de pagar as prestações são muitas. Devido á crise que estamos, os bancos tentam fazer de tudo para impedi-la. Para isso, tornam as coisas mais difíceis para os clientes, ou seja, cobram mais pelo empréstimo, querem mais garantias, spreads elevados, entre outros já referidos nos comentários anteriores. Os bancos para precaverem-se contra futuros incumprimentos vão ter de aumentar o prémio de risco, estes tem seu dinheiro sempre fiado. Concordo plenamente com os meus colegas .

    JOANA LEÃO, 3294

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  7. A crise está instalada no nosso país, os bancos cada vez aumentam mais os spreads e a razão de tal coisa acontecer é devido ao incumprimento que cada vez se manifesta mais. Num supor anteriormente em 100 créditos havia 2 incumprimentos, agora nesses mesmos 100 créditos à cerca de 10 incumprimentos, os bancos têm que se salvaguardar e "paga o justo pelo pecador". Outro facto de elevado peso na subida dos spreads é o facto de a nossa economia cada vez mais estar em decadência, logo leva o banco a financiar-se a preços extremamente elevados o que leva a subida de os spreads de forma a salvaguardarem-se. Como dizem " E o povo é que paga"
    Samuel Pinto Nº 3303

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  8. Como todos sabemos o nosso país está a passar por uma grave crise financeira, cada vez mais tem vindo a piorar. Cada dia que passa mais portugueses deixam de pagar os seus empréstimos e o nível de incumprimento aumenta, dado a está crise instalada o banco vê-se obrigada a cortar aos empréstimos ou seja a aumentar o grau de exigência na análise de perfil do cliente tendo também de aumentar o preço de crédito. Como se costuma dizer "por um, pagam todos" isto é um facto, os bons clientes pagam pelos maus.

    Patrícia Pereira, 3305 2E19

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  9. Comprar casa nunca foi fácil, regra geral, existia sempre a necessidade de recorrer ao crédito habitação. Inicialmente, só quem fosse digno de ser "premiado" com ajuda do banco é que beneficiava com esta ajuda e por isso o risco de incumprimento era mínimo, bem como o LTV era baixo pois eram tempos de poupança.
    Até à algum tempo atrás, comprar casa estava ao alcance de quase toda a população.
    Os incumprimentos aumentaram e a crise instalou-se, originando um "estrangulamento" financeiro tanto para a banca como para os clientes. A banca, porque necessita de se financiar, recorre a créditos no estrangeiro, e, por causa da crise instalada no país, tem de pagar juros elevados, o que gera um aumento do custo de financiamento ao povo português, levando a que o valor do juro para os clientes também aumente. A juntar a esta situação, está o desemprego que se vive, consequentemente o incumprimento por parte dos clientes, logo, verificamos um aumento de crédito em mora.
    Mais uma vez o "justo paga pelo pecador" e surge um aumento das taxas na concessão de crédito.

    Ana Andrade n.º 3288

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  10. A palavra fundamental para descrever o crédito mais caro será "crise".Nos dias de hoje não é facil comprar casa porque com as ideias inovadoras que os bancos puseram em prática é muito dificil conceder crédito de maneira a que os bancos antes de conceder o crédito estudam o perfil de cliente onde poderá chegar a uma conclusão se haverá risco na concesssão de crédito e até mesmo pelo LTV e pela taxa de esforço.
    Os bancos têm que se precaver para que os créditos sejam cumpridos até ao prazo acordado e que não haja falta de incumprimento e com isto por vezes os que cumprem pagam pelos que não cumprem.
    As taxas de juro fou de uma maneira geral de tornar o crédito mais caro.
    Miguel Lopes Nº3298

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  11. A restritividade de critérios reflecte-se, sobretudo, na aplicação de spreads mais elevados, quer nos empréstimos de risco médio, quer nos de risco mais elevado, sendo mais acentuado nestes últimos, bem como na aplicação de critérios mais exigentes e limitativos em outras condições contratuais, com destaque para a ratio entre o valor do empréstimo e o da garantia. A título de exemplo, no crédito à habitação, em termos médios, o spread mínimo de 0,85%, aplicado no início deste ano, subiu para 1,39%.


    O spread, grosso modo, é a margem de lucro do banco no crédito concedido. Ora, se o banco paga mais para se auto-financiar, então, o seu lucro será afectado. Pelo que os bancos fazem repercutir esse custo nos clientes, agravando as prestações a pagar nos novos créditos. A situação poderá ficar ainda mais delicada, pois os bancos já anunciaram que não irão suportar os custos imputados pelo Governo sob a forma do novo imposto à banca, mas que serão transferidos para o cliente através de um novo aumento nas comissões.

    Eduardo Ferreira
    3292
    E19

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  12. O crédito está mais caro principalmente por causa da crise.
    O preço de crédito é constituido por Custos de Funding (custo dos depósitos e custos dos empréstimos) + Custos Operacionais + Prémio de Risco + Margem de Lucro.
    Para emprestar dinheiro, o banco tem de captar fundos.
    Eles captem fundos através de depósitos dos clientes e os empréstimos no estrangeiro.
    Se o banco captar fundos com custos mais altos o spread tb vai ser mais alto.

    Ricardo Silva, Nº3302 Turma E19

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